Eu olho o mundo pelos olhos mais doces que eu já vi, pelas pupilas mais penetrantes, pelo coração mais descompassado.
E nesse descompasso... num beijo, num abraço, estou cantando.
Quando a luz do sol incide sobre seus cabelos
e o vento me traz o seu cheiro, sinto meu coração acelerar.
Prendo a respiração, fotografo o momento, guardo na memória.
Cada despedida parece ser a ultima vez que nos veremos.
Não me importo mais com a rima, com a métrica.
Vivo o solto, o desenho livre, a rima livre que só aqueles que estão presos a alguem sabem.
Um paradoxo. Incompreensivel para quem não sente. Compreensivel para quem vive.
Não quero rimar. Quero escrever aleatoriamente. Frases soltas, frases minhas, frases suas.
Queria descrever, se fosse possível, o sentimento do beijo, do abraço, do cheiro.
Do encontro das mãos e dos olhares.
Ou de quando os corpos se tocam, se encaixam, se encontram na dança da vida.
Mas o vocabulário humano é pobre em definições. Não consigo falar ou escrever.
SÓ SEI SENTIR.
obs.: Título da musica do Flavio Venturini - Noites com Sol